100 anos da resposta ao racismo no futebol brasileiro

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100 anos da resposta ao racismo no futebol brasileiro

Redação
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5 abril 2024Última atualização: 5 abril 2024

Já parou pra pensar como seria o futebol brasileiro sem esses caras aí da foto? Isso porque só estão representados alguns dos grandes jogadores negros do nosso. país.

O futebol desembarcou nessas terras tupiniquins no final do século XIX como um esporte praticado por imigrantes europeus. — predominantemente da elite branca.

  • Assim, os primeiros clubes brasileiros só aceitavam atletas de pele clara.

Não é possível afirmar com exatidão qual foi o primeiro time a contar com jogadores negros, uma vez que Bangu e Ponte Preta reivindicam este posto. Mas o início de uma reviravolta nesse cenário foi dado pelo Vasco da Gama.

Em menos de 20 anos de sua fundação (21/08/1898), o clube carioca já contava com um presidente negro que entrou para a história pela sua postura firme e decisiva na inclusão de atletas pretos, mulatos e que não pertenciam à elite.

Após a conquista vascaína do campeonato carioca em 1923 com um plantel recheado de jogadores negros, os rivais se reuniram para fundar uma nova liga — a Associação Metropolitana de Esportes Athleticos (AMEA).

O clube da Cruz de Malta foi convidada a integrar a liga, mas com a condição de excluir 12 jogadores que, segundo os cartolas, não apresentavam condições sociais apropriadas para o convívio esportivo.

Assim, no dia 07 de abril de 1924, foi publicada a carta conhecida como “Resposta Histórica”, em que o Vasco abria mão de participar da nova liga para não ter que excluir os jogadores pobres e negros da equipe.

  • Em decorrência do sucesso da equipe, a AMEA decidiu admitir o Vasco em 1925.

Esse foi um marco no desenvolvimento do futebol BR, não somente pela luta dos jogadores de classes menos favorecidas, mas também por ter contribuído para a profissionalização dos atletas na modalidade.

Com a participação massiva de jogadores negros, a primeira partida profissional no Brasil ocorreu em 1993, tendo Leônidas da Silva — mais um atleta de pele escura — como pioneiro na construção de celebridades nacionais oriundas desse meio.

Campeão por onde passou e destaque da Copa do Mundo de 1938 com 7 gols marcados, Leônidas foi homenageado pela Fábrica Lacta e o chocolate crocante mais consumido da época passou a ser chamado pelo seu apelido “Diamante Negro”.

Mesmo com as grandes estrelas esportivas sendo negras, o racismo nesse mundo era escancarado.

Grande prova disso foi a humilhação sofrida pelo goleiro Barbosa, na Copa de 1950, ao ser apontado como o grande vilão pela derrota contra o Uruguai no Maracanã.

  • Precisou surgir um gênio chamado Edson Arantes do Nascimento para recompor a imagens dos negros nos gramados brasileiros.

Ainda assim, o preconceito racial é visto nos estádios Brasil afora. Uma luta dividida por cada atleta negro e pobre que calçou as chuteiras para vislumbrar, através do futebol, uma vida digna e respeitosa.

Redação

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