A disputa pelo Botafogo entre Textor e Eagle Football

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A disputa pelo Botafogo entre Textor e Eagle Football

Redação
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6 agosto 2025Última atualização: 6 agosto 2025

(Imagem: Botafogo)

John Textor comprou o Botafogo no início de 2022 com a promessa de transformá-lo em uma potência. Dentro de campo, conseguiu: o time conquistou os títulos do Brasileirão e da Copa Libertadores.

Contudo, 3 anos depois, o clube está no centro de uma das maiores disputas societárias do futebol mundial — e o principal adversário de Textor é justamente a empresa que ele mesmo criou: a Eagle Football Holdings.

🔥 O início da crise

A tensão começou a aumentar em abril, quando o Lyon — também controlado pela Eagle — afundou em problemas financeiros. O desempenho ruim e a ameaça de rebaixamento levaram os demais sócios da holding a afastar Textor da gestão do clube francês.

A partir dali, ele passou a focar mais no Botafogo — mas seu retorno ao protagonismo no Alvinegro gerou desconfiança e uma reação imediata da Eagle, que passou a se articular para tirá-lo do comando, assim como tinha feito no Lyon.

(Imagem: Botafogo)

O estopim veio no dia 17 de julho. Em uma reunião do Conselho da SAF, presidida por Textor, foi aprovada a cessão de créditos de até € 150 milhões da Eagle Holdings para uma nova empresa criada por ele nas Ilhas Cayman.

  • Em troca, o Botafogo receberia um empréstimo de € 100 milhões, tendo diversas receitas futuras como garantia — de direitos de TV a vendas de jogadores. Veja aqui tudo que foi usado como fiança.

🔁 A holding contra-ataca

A Eagle considerou a manobra “ilícita”. Alegou que, por decisão societária, Textor não poderia mais representar a holding sem o aval do diretor Christopher Mallon — único representante legal da empresa.

Diante disso, entrou na Justiça para anular todas as decisões tomadas desde 17 de julho e suspender qualquer movimentação de Textor no clube sem autorização prévia.

  • A alegação principal é de que ele tenta se apoderar do Botafogo para se livrar das dívidas contraídas na compra do Lyon, na qual usou as ações do Glorioso como garantia.

🛡️ A associação também entra no jogo

O Botafogo FR, sócio minoritário, representado por João Paulo Magalhães, saiu em defesa do americano. Apoiou sua permanência no comando e congelou qualquer tentativa de mudança na estrutura da SAF.

  • Para os conselheiros, a Eagle tenta afastar Textor apenas para vender o clube a outro investidor, rompendo o compromisso de “caixa único” que unia os clubes da holding.

A Eagle afirma que a operação de mútuo conversível — em que o valor emprestado pode ser transformado em ações — com uso dos ativos do Botafogo como garantia, fere seus direitos como sócia majoritária da SAF.

Por outro lado, a Botafogo SAF alega que todas as decisões foram tomadas com respaldo legal e em conjunto com seu sócio minoritário, o Botafogo FR.

🔥🆚🦁 A disputa Botafogo x Lyon

Em meio à briga jurídica, o Botafogo se voltou contra o Lyon por uma dívida milionária: o empréstimo de mais de R$ 770 milhões feito desde 2023, incluindo transferências, premiações e repasses. Veja todos aqui.

  • Desse valor, o Fogão alega ter dívidas com o Lyon, por não ter honrado acordos passados, e a cobrança final seria de pouco mais de R$ 286 milhões.
  • Já os franceses contestam os juros bancários de empréstimos feitos em nome do Botafogo e afirmam que a dívida real é de R$ 127 milhões, pois não deveriam arcar com esses custos.

Paralelamente, o Alvinegro cobra mais R$ 410 milhões por prejuízos nas vendas de Thiago Almada e Igor JesusAprofunde aqui.

⚖️ O que esperar do futuro?

A Eagle não descarta vender sua parte a Textor, desde que ele se afaste do comando durante as negociações, para evitar conflito de interesses.

  • Por temer alegações de fraude e irregularidades, a Eagle prefere vender para um novo investidor. Nesse caso, quem se opõe é o clube social (Botafogo FR), que apoia a continuidade de Textor.

A Botafogo SAF também entrou na Justiça para congelar as ações da Eagle e manter Textor à frente do clube.

Enquanto isso, a Eagle enviou representantes para realizar uma auditoria completa das contas da SAF desde a sua criação, a partir dos relatórios financeiros.

  • O clube tem colaborado com a auditoria, por entender que manter um bom relacionamento favorece a permanência de Textor. Ao mesmo tempo, tenta blindar o vestiário, com o técnico Davide Ancelotti sendo peça-chave na gestão da crise.
(Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF)

A batalha societária da SAF do Botafogo virou um cabo de guerra jurídico e financeiro. Se nenhuma das partes largar a corda, o desfecho tende a vir nos tribunais.

Redação

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