Elas fizeram de novo. Com muita emoção e com a estrela da Rainha Marta brilhando intensamente, a Seleção superou a Colômbia nos pênaltis, após empate por 3 a 3 no tempo normal e 1 a 1 na prorrogação (agregado de 4 a 4).

A história da Copa América Feminina se confunde com a história da Seleção Brasileira. Das 10 edições disputadas até hoje, o Brasil venceu 9. A única exceção foi em 2006, quando ficou com o vice, enquanto as 🇦🇷 hermanas quebraram o nosso 100%.

Além disso, esta foi apenas a 4ª vez que houve uma final direta pelo título — a primeira edição, em 1991, e as competições entre 2003 e 2018 foram disputadas em formato de pontos corridos. Em 1995 e 1998, o Brasil venceu a Argentina.

Nas duas últimas edições, a Colômbia foi a adversária na final e tem se consolidado como a principal rival do futebol feminino sul-americano — agora soma 4 vices.

🆚 O roteiro da final

O jogo do último sábado, disputado em Quito, no Equador, já trazia uma pitada caliente por conta do empate entre as equipes na última rodada da fase de grupos.

• O Brasil segurou o 0 a 0 mesmo após perder a goleira Lorena, expulsa aos 22 minutos do 1T, em uma partida tensa e marcada por episódios de confusão: Kerolin chutou uma bola em direção ao banco colombiano e até a Marta provocou a torcida adversária.

Muito mordida, a Colômbia entrou em campo disposta a dar tudo pelo título. Sempre à frente no placar, abriu com Linda Caicedo aos 26’ do 1T.

O empate do Brasil veio em meio à tensão: Angelina converteu pênalti após a zagueira Carabalí agredir com uma cabeçada a atacante Gio Queiroz.

No 2T, aos 24’, veio o lance mais inacreditável da final: Tarciane tentou recuar para Lorena e acabou marcando contra, o segundo gol colombiano.

Contudo, o Brasil tinha a artilheira da competição (e também do Brasileirão e do Paulista Feminino) e não desistiu. Amanda Gutierres, aos 35’, dominou no peito após cruzamento e deslocou a goleira Tapia para empatar.

Aos 43’, quando parecia que a prorrogação era inevitável, Linda Caicedo arrancou pela esquerda, aplicou um drible seco em Isa Haas e rolou para Mayra Ramírez empurrar para o gol: 3 a 2 para a Colômbia.

👑 Sua majestade, Marta Vieira da Silva

"Quem tem craque nunca fica a pé." Como bem narrou Milton Leite para Messi na Copa de 2014, o Brasil tinha 👑Marta — e ela decidiu.

A poucos segundos do fim, quando tudo parecia perdido, a Rainha do futebol pegou de primeira uma sobra na entrada da área e fez um GOLAÇO. Sua última partida de Copa América não poderia ser mais simbólica.

E ela queria mais. No 1T da prorrogação, Marta completou um cruzamento e colocou o Brasil na frente pela primeira vez: 4 a 3.

A Colômbia, valente como sempre, ainda empatou com Leicy Santos, em linda cobrança de falta, aos 9’ do 2T extra. A decisão ficou para os pênaltis.

🧤 A redenção de Lorena

Se com a bola rolando Marta foi a estrela, nos pênaltis brilhou Lorena, que se redimiu após a expulsão na fase de grupos.

Após Paví isolar sua cobrança, a goleira brasileira defendeu os chutes de Leicy Santos e Carabalí, garantindo o título e o alívio.

Com ouro no peito, a vaga em Los Angeles 2028 garantida desde as semifinais, o Pan-Americano no horizonte e uma nova geração sedenta por mais, o Brasil prova, mais uma vez, que a América tem donas — e elas vestem verde e amarelo.

🇧🇷 Brasil! ⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐🌟