Campeões com histórico de doping reacendem debate no tênis

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Campeões com histórico de doping reacendem debate no tênis

Redação
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21 julho 2025Última atualização: 21 julho 2025

(Imagem: Wimbledon)

No esporte de alto rendimento, é fundamental a ideia de que os atletas devem ser modelos por suas habilidades e capacidades, provando que conquistaram tudo por mérito próprio.

A história do doping é antiga, mas foi apenas em 1968 que o Comitê Olímpico Internacional começou a realizar os famosos testes antidoping, com o objetivo de detectar substâncias proibidas e aumentar a segurança nas competições internacionais.

Desde então, a integridade do esporte sempre dependeu de duas coisas: regra clara e punição eficaz.

Pela primeira vez na história de Wimbledon, os dois campeões de simples — Jannik Sinner e Iga Świątek — já cumpriram suspensões por doping.

Embora os títulos tenham sido limpos, o simbolismo dessa “dobradinha” provocou um debate no esporte.

O caso Świątek

(Imagem: Instagram | Reprodução)

Em 2024, Iga Świątek aceitou uma suspensão de 1 mês — entre 12 de setembro e 4 de outubro — após testar positivo para trimetazidina (TMZ), um medicamento usado no tratamento de doenças cardíacas, mas que pode melhorar a resistência física.

A defesa alegou contaminação acidental por melatonina, e a Agência Mundial Antidoping aceitou a justificativa sem recorrer, pois seu nível estava “no limite mais baixo da faixa, sem culpa ou negligência significativa”.

Durante a punição, ela ficou afastada de 3 torneios (WTA 500 de Seul e os WTA 1000 de Pequim e Wuhan), o que a fez perder o 1º lugar do ranking — além de perder a premiação do WTA 1000 de Cincinnati, onde caiu na semifinal.

Sem tornar público o fato na época da punição, a informação só veio à tona no fim de novembro — ela havia justificado sua ausência por motivos pessoais e mudança de treinador.

O caso Sinner

Durante o Masters 1000 de Indian Wells, 2 testes indicaram a presença de clostebol, substância que atua como esteroide anabólico. Em ambos, foram detectados níveis baixos da droga.

Sinner alegou que a substância entrou em seu organismo involuntariamente, após uma massagem feita por seu fisioterapeuta, que havia usado por 9 dias um spray que continha o medicamento e o atendeu sem luvas.

(Imagem: Getty Images)

No processo normal, Sinner seria suspenso preventivamente pela Agência Internacional de Integridade do Tênis, mas conseguiu um efeito suspensivo para impedir a punição imediata.

  • De toda forma, como sanção, ele perdeu 400 pontos no ranking e US$ 350 mil em premiações conquistadas em Indian Wells.

Posteriormente, Sinner foi absolvido pela ITIA, com o argumento de que as “pequenas quantidades administradas não teriam efeito relevante de doping ou de melhora de desempenho”.

Em seguida, a WADA recorreu e pediu punição mínima de 1 ano. Foi então que Sinner aceitou uma suspensão de 3 meses (de 4/02 a 4/05), ficando fora de 5 ATPs, mas sem impactar Grand Slams. Seu retorno aconteceu no Masters 1000 de Roma.

Dois pesos, duas medidas?

As punições geraram comparações com outros casos:

  • A patinadora russa Kamila Valieva foi suspensa em 2024 por 4 anos, por usar a mesma substância que Świątek.
  • No caso da tenista Tara Moore, a punição provisória durou 2 anos enquanto ela contestava o resultado, sendo inocentada após 19 meses.

Os membros da comissão técnica de Sinner, considerados responsáveis pelo contato com a substância, não enfrentaram nenhuma sanção oficial.

Diversos tenistas do circuito também se manifestaram, incluindo Novak Djokovic e Serena Williams, colocando em xeque a confiança no esporte. Veja aqui.

Apesar de inéditos no contexto pré-título, Wimbledon já teve campeões pegos em testes posteriores, como Simona Halep e Andre Agassi.

(Imagem: Imago)

Desde 2021, resoluções de casos semelhantes têm sido fechadas por meio de acordos. A expectativa é que o código seja alterado em 2027, permitindo que atletas considerados inocentes, como Sinner, recebam apenas repreensões.

Redação

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