Nada é por acaso. Nesse domingo, o Corinthians viveu mais um belíssimo capítulo de sua história no futebol feminino e se consolidou de vez como a grande potência da modalidade no Brasil e na América do Sul.

Mas, afinal de contas, como o clube chegou nesse nível? O início deste processo ocorreu há quase uma década, em meados de 2015, quando o Timão decidiu formar a sua equipe de futebol feminino em parceria com o Audax.

Na época, os jogos não tinham patrocinadores e eram disputados na cidade de Barueri em horários pouco atrativos e com um público que não chegava a 50 pessoas.

No entanto, os resultados vieram rapidamente. Ao longo das 2 temporadas de parceria entre as equipes, o Corinthians conquistou a Copa do Brasil (2016) e a Copa Libertadores (2017).

• Nesse período, um estudo feito pelo núcleo feminino do clube descobriu que a torcida corintiana era composta por quase 54% de mulheres. Foi aí que o jogo virou.

Diante da exigência da Conmebol de criar um departamento feminino para os clubes que quisessem disputar o torneio masculino, o Timão optou por seguir um caminho independente e assumir a gestão de sua equipe feminina.

Com um trabalho já promissor de Arthur Elias no comando técnico da equipe e uma gestão de desenvolvimento feita por Cris Gambaré, o Corinthians começou a empilhar títulos e recordes.

• 6x campeão brasileiro;
• 5x campeão paulista;
• 4x campeão da Libertadores;
• 3x campeão da Supercopa do Brasil;
• 2x campeão da Copa do Brasil;
• 34 vitórias consecutivas entre março e setembro de 2019.

O último desses triunfos veio nesse domingo com o hexacampeonato brasileiro — o 5° de forma consecutiva — ao vencer o São Paulo por 2 a 0 com gols de Jaqueline e Carol Nogueira.

E lembra daquela “meia dúzia de gato pingado” que acompanhava o Timão no início do projeto? Então, mais de 44 mil pessoas foram à Arena no jogo de ontem, o maior público da história do futebol feminino na América do Sul.