
Do “raio” ao mito: a trajetória do homem mais rápido do planeta
BIG STORY
Do “raio” ao mito: a trajetória do homem mais rápido do planeta


(Imagem: Getty Images)
Por décadas, o recorde mundial dos 100 metros rasos foi a medida definitiva da velocidade humana, um número sagrado. Por isso, a prova se tornou uma das mais importantes e assistidas nas Olimpíadas e nos eventos de atletismo.
Antes do tiro de partida, no momento que sempre foi de muita tensão, um homem decidiu sorrir, piscar e brincar com a câmera e com o público.
Um jamaicano, de passos largos e sorriso ainda maior, transformou a corrida em espetáculo global. Tornou-se, além do homem mais rápido da história, um ícone eterno que mudou a história do esporte — em menos de 10 segundos.
⚡ Do surgimento ao brilho intenso do raio
Nascido em Trelawny, na Jamaica, em 21 de agosto de 1986, Usain St. Leo Bolt sempre foi visto como diferente. Alto demais para os padrões da velocidade, muitos especialistas acreditavam que seu corpo estaria mais adaptado a provas de resistência.
Sua essência, porém, sempre foi contrariar previsões. O que os técnicos viam como desvantagem — sua altura de 1,95m — acabou se tornando sua maior arma: passadas longas, capazes de devorar metros em segundos.
Foi em Pequim, em 2008, que o mundo começou a perceber sua grandeza.

Naquele verão chinês, o atleta não apenas venceu os 100 metros rasos. Ele sobrou. Com 9s69, desacelerando nos últimos metros e abrindo os braços como quem dizia “isso é fácil demais”, Bolt conquistou o planeta.
- Dias depois, repetiu a façanha nos 200m, com 19s30, inaugurando a nova era da velocidade.
Exatamente um ano depois, em Berlim, Bolt cravou tempos ainda mais impressionantes — marcas que seguem inalcançáveis: 9s58 nos 100m e 19s19 nos 200m.
A consagração olímpica definitiva veio em Londres, em 2012, quando se tornou bicampeão olímpico nos 100m, 200m e no revezamento 4x100m.
Se alguém ainda duvidava de sua hegemonia, o Rio de Janeiro, em 2016, foi palco do inédito “triple-triple”: três ouros em três Olimpíadas seguidas, nas mesmas provas. Um feito que o tornou imortal, como um deus que descia do Olimpo pela última vez.
🏃♂️ O legado do Lightning Bolt
Usain Bolt transcendeu o esporte. Ele não corria apenas contra adversários — corria para divertir o público. Suas danças, caretas e o icônico gesto do “raio” o transformaram em um personagem pop, adorado no mundo todo.
Ainda assim, ele também enfrentou dúvidas e sombras. Críticos apontavam para a Jamaica e suas crises no sistema antidoping, levantando questionamentos sobre o contexto em que seus recordes foram alcançados.
- A equipe perdeu a medalha do 4x100m das Olimpíadas de Pequim 2008. No entanto, Bolt nunca teve o nome associado a qualquer escândalo. Sua imagem permaneceu limpa, reforçando ainda mais a aura de fenômeno natural.
Aposentado desde 2017 — ele tem se aventurado em participar de novelas —, seus recordes já completam mais de uma década sem sequer serem ameaçados.
Números que parecem, de fato, de outro planeta e que o transformaram em uma estrela global, presente em eventos, publicidade e filantropia.
Bolt foi o homem mais rápido do mundo, mas sua maior contribuição foi provar que a grandeza pode ser leve, divertida e contagiante — que a pressão pode ser enfrentada com um sorriso.
O raio que atingiu o atletismo não apenas quebrou recordes; ele iluminou o mundo.


Redação
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