Chama o João Kleber aí! Uma polêmica tem ganhado espaço na mídia esportiva europeia após um forte comentário do meia espanhol Rodri afirmando que uma greve seria necessária no futebol.

Acho que estamos próximos disso. É fácil de entender. Se perguntar para qualquer outro jogador, vai dizer o mesmo. Se continuar assim, chegará um momento em que não teremos outra opção. É algo que nos preocupa porque somos os caras que sofrem.

A reclamação não vem de graça. Nesta temporada, algumas mudanças de regulamento em campeonatos importantes devem obrigar os gigantes da Europa a entrarem mais vezes em campo.

• Champions League: As equipes jogarão 8 partidas na fase inicial, duas a mais em comparação ao formato anterior. Além disso, os times que ficarem entre o 9º e o 24º lugar na tabela ainda terão que disputar mais dois jogos de playoffs;
• Mundial de Clubes: O novo modelo do campeonato, que será disputado entre junho e julho de 2025, terá 32 equipes duelando em um formato igual ao da Copa do Mundo.

O Real Madrid, por exemplo, pode chegar a ter mais de 70 partidas em menos de um ano. Por isso mesmo, outro atleta que se posicionou a favor de uma eventual greve foi o capitão madridista Carvajal.

Fazer greve é uma possibilidade. Os jogadores não são levados em conta, devemos levantar a voz.

Até mesmo o presidente da LaLiga, Javier Tebas, afirmou apoiar as críticas feitas por Rodri sobre o número excessivo de partidas do futebol europeu.

Para se ter uma ideia, na temporada passada, o jogador que mais entrou em campo — contando clube e seleção — foi o atacante argentino Julián Alvarez com 75 partidas. Abaixo está o TOP-15.

Outro número que chama a atenção é a minutagem de jovens jogadores da atualidade quando comparada com a de estrelas que estavam iniciando suas trajetórias há alguns anos.

Pedri chegou aos 20 anos com 12 mil minutos jogados entre o Barcelona e a seleção espanhola, 25% a mais do que Xavi teve na mesma idade.

• Do lado dos brazucas, Vinícius Júnior chegou aos 23 anos com uma minutagem (18.876) 3x maior do que Ronaldinho Gaúcho teve na mesma época.

A consequência não poderia ser outra, senão, as lesões. Entre as temporadas 2018-19 e 2022-23, mais de 1 mil lesões são verificadas a cada temporada no futebol europeu.