Desde Maria Esther Bueno, que brilhou entre as décadas de 50 e 70, o tênis brasileiro não chegava a uma decisão em Wimbledon. Luisa Stefani foi a responsável por quebrar o tabu.

Ao lado de 🇬🇧 Joe Salisbury, Luisa fez história ao ser a primeira do país a chegar à final do torneio de duplas mistas.

Infelizmente, o título não veio… Mas o feito confirma uma longa e linda trajetória da tenista, marcada por surpresas, superação e muito mérito.

O início no tênis e a decisão pelas duplas

Como juvenil, Luisa já demonstrava o que seria seu futuro no tênis. Jogando as chaves principais dos 4 Grand Slams juvenis, alcançou as semifinais de duplas de Roland Garros em 2014 e do US Open em 2015.

Contudo, só a partir de 2019, em seu primeiro ano como profissional, é que decidiu largar o simples e focar nas duplas. Luisa então conquista o 🥉 bronze no Pan-Americano de Lima, ao lado de Carol Meligeni, e o primeiro troféu da WTA, em Tashkent, com 🇺🇸 Hayley Carter.

2021: Glórias e dramas

Uma semana antes das Olimpíadas de Tóquio, Luisa Stefani e Laura Pigossi são convidadas de última hora para o torneio de duplas femininas, após desistências de outros tenistas.

Sem o costume de jogar juntas, Luisa e Laura enfrentam duplas superiores na campanha, salvam 8 match points (4 nas quartas e 4 na disputa pelo bronze) e conquistam 🥉o bronze e a primeira medalha olímpica da história do tênis brasileiro.

Após as Olimpíadas, em parceria com 🇨🇦 Gabriela Dabrowski, Luisa chega à final dos Masters 1000 de Montreal — onde conquista seu primeiro título neste nível — e Cincinnati, ficando com o vice.

No auge, no US Open de 2021, chega à sua primeira semifinal de Grand Slam. Ali também, já era a primeira brasileira a chegar tão longe em uma disputa de duplas de Major desde Maria Esther Bueno.

A grande retomada

Depois que se recupera e volta, entre 2022 e 2024, Luisa vence todas as finais da WTA que disputa. Com destaque para o Masters 1000 de Guadalajara em 2022, superando Bia Haddad na final, e o Masters 1000 de Doha, em 2024.

• Ela, que retornou como #217 do mundo, alcançou o 10º lugar como melhor posição em 2022, 2023 e 2024.

No Pan-Americano de 🇨🇱 Santiago, em 2023, foi porta-bandeira do Brasil ao lado do nadador Fernando Scheffer. Numa campanha histórica, saiu com 2 medalhas:

• 🥇 Duplas femininas, novamente ao lado de Laura Pigossi;
• 🥈 Duplas mistas, ao lado de Marcelo Demoliner.

Em 2025, em parceria com 🇭🇺 Tímea Babos, já havia conquistado 2 títulos de WTA 500: 🇦🇹 em Linz e 🇫🇷 Strasbourg. Em Wimbledon, elas pararam nas quartas de final das duplas femininas.

Em duelo disputado, o troféu ficou com 🇳🇱 Sem Verbeek e 🇨🇿 Kateřina Siniaková, atual nº 1 do mundo nas duplas, por 2 sets a 0 — duplo 7/6 (3).

Contudo, a história que tem construído a atual #29 do mundo, com suas marcas e superações, é digna de campeã e orgulho do Brasil. 🇧🇷 

Fim de semana de reta final de Wimbledon

O Grand Slam da grama já se prepara para uma nova campeã: 🇺🇸 Amanda Anisimova (#12 do ranking) ou 🇵🇱 Iga Swiatek (#4 do ranking) será a 9ª vencedora diferente nos últimos 9 anos.

• Swiatek não deu chances para 🇨🇭 Belinda Bencic e venceu por 2 sets a 0, com direito a pneu: 6/2 e 6/0.
• Anisimova teve mais dificuldades, até porque enfrentava a nº 1 do mundo, 🇧🇾 Aryna Sabalenka. Mas conseguiu a vitória por 2 sets a 1 (6/4, 4/6 e 6/4).

No masculino, temos duas grandes semifinais em breve. 🇪🇸 Carlos Alcaraz x 🇺🇸 Taylor Fritz às 09h30 BRT e 🇮🇹 Jannik Sinner x 🇷🇸 Novak Djokovic na sequência. Só jogão.