Para os fãs do automobilismo, não há final de semana melhor do que este e o motivo é muito simples: A Fórmula 1 acaba de desembarcar por aqui para mais uma etapa nas pistas brazucas.

O Grande Prêmio do Brasil é uma das corridas mais icônicas e carregadas de histórias na Fórmula 1. Tudo começou em 1972, quando a primeira edição foi realizada em Interlagos, em São Paulo.

• Na época, não contava pontos para o campeonato, mas, em 1973, entrou oficialmente para o calendário e marcou o começo de uma era, com Emerson Fittipaldi vencendo a primeira edição válida e dando ao Brasil uma razão especial para se conectar com a F1.

Nos anos seguintes, o GP passou por mudanças de sede entre São Paulo e Rio de Janeiro. Em 1978, a corrida foi transferida para o Autódromo de Jacarepaguá, no Rio, mas voltou para Interlagos nos anos de 1979 e 1980.

A alternância durou até 1990, quando a prova se fixou em São Paulo para não sair mais. A partir dali, Interlagos passou por reformas significativas, encurtando o traçado para 4,3 km, com ajustes voltados para a segurança e as transmissões de TV, além de mudanças que eternizaram o famoso “S” do Senna.

O novo traçado também proporcionou uma das cenas mais marcantes da F1: a vitória de Ayrton Senna em 1991.

Mesmo enfrentando problemas mecânicos nas voltas finais, Senna manteve o carro apenas na sexta marcha e conquistou uma vitória heroica, que o fez ser carregado pela torcida em um dos momentos mais emocionantes da história do automobilismo — relembre aqui.

• Em 1993, ele repetiu o feito, reforçando ainda mais seu status de lenda.

Após a morte de Ayrton em 1994, a torcida brasileira ainda teria de esperar bastante por uma vitória em casa. O jejum só foi quebrado em 2006, quando Felipe Massa venceu em Interlagos vestindo um macacão verde e amarelo da Ferrari.

Dois anos mais tarde, Massa chegou muito perto de vencer o campeonato em casa, mas Lewis Hamilton acabou ultrapassando Timo Glock na última curva da corrida para ficar com o título — relembre aqui se tiver coragem.

O GP do Brasil ganhou ainda mais visibilidade em 2021, quando teve o nome oficialmente alterado para GP de São Paulo. A ideia era fortalecer a imagem internacional da cidade, destacando-a como sede de um dos eventos mais prestigiados do automobilismo mundial.

Um novo capítulo vem aí…

Na edição deste ano, que deve contar com um público de mais de 260 mil pessoas ao longo dos três dias de evento e uma movimentação superior a R$ 2 bilhões na cidade, um dos momentos mais marcantes será a homenagem de Lewis Hamilton ao nosso eterno Ayrton Senna.

O piloto britânico, que possui uma conexão especial com o Brasil e com o tricampeão, terá a honra de pilotar a McLaren MP4/5B de 1990, carro com o qual Senna conquistou o bicampeonato, após a classificação neste sábado.

Muito além de homenagens, o Grande Prêmio promete ser decisivo para os rumos da temporada. Isso porque, com a corrida sprint, a pontuação máxima que um piloto pode alcançar no fim de semana será de 34 pontos.

• 25 pela vitória na corrida principal;
• 1 ponto pela volta mais rápida;
• 8 pontos pela vitória na sprint.

Isso significa que, embora Max Verstappen tenha uma vantagem considerável de 47 pontos sobre Lando Norris, o fim de semana brasileiro pode oferecer a última oportunidade para o piloto da McLaren se manter vivo na disputa pelo título.

Emoção a velocidade máxima e grandes histórias sendo escritas na nossa casa. É disso que o povo gosta, risos.