NBA vai na contramão dos esportes americanos e vê queda vertiginosa em sua audiência
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NBA vai na contramão dos esportes americanos e vê queda vertiginosa em sua audiência
🎵 Nóis vai descer, vai descer! O hit do verão brasileiro pode facilmente ser a música da atual temporada da NBA, já que a liga enfrenta uma significativa queda nas audiências televisivas.
Nesta temporada, a audiência na ESPN americana caiu 28% em comparação ao ano passado, enquanto os jogos na TNT mantiveram uma média de 1,8 milhão de espectadores, ligeiramente atrás dos 1,77 milhões da ESPN.
- Vale lembrar que a a liga já vinha de uma temporada decepcionante em que sua audiência nos playoffs diminuiu mais de 12%.
Até mesmo a NBA Cup, torneio criado para atrair mais público durante a temporada regular, já está dando sinais de desgaste. A final entre Milwaukee Bucks e Oklahoma City Thunder atraiu 2,99 milhões de espectadores — o 2° jogo mais assistido da temporada da liga.
Contudo, a final entre Lakers e Pacers do ano passado teve uma média de 4,58 milhões de espectadores.
Para entender a dimensão do problema, é importante observar o contexto. No ano passado, a estreia de Victor Wembanyama elevou os números de audiência da rodada inicial, criando uma base de comparação desfavorável para esta temporada. Mas o problema vai além de uma estreia menos chamativa.
Desde 2012, a NBA perdeu cerca de 45% de sua audiência televisiva nos Estados Unidos — veja os resultados ano a ano aqui.. Nem mesmo o contrato bilionário de 11 anos sobre direitos de transmissão, avaliado em US$ 77 bilhões, parece esconder a tendência de declínio.
Por que a audiência está caindo?
Vários fatores têm contribuído para o afastamento dos telespectadores. O load management, prática em que jogadores são poupados para evitar lesões, é uma das principais razões.
- Philadelphia 76ers sem Joel Embiid, Clippers sem Kawhi Leonard e Golden State Warriors sem Stephen Curry são apenas alguns exemplos de jogos que perdem apelo sem as estrelas em quadra.
Se os próprios atletas e treinadores não valorizam cada partida, é difícil convencer o público a assisti-los. Com uma temporada regular de 82 jogos, muitos torcedores preferem economizar energia para os playoffs.
Outro fator relevante e muito discutido nos Estados Unidos é o “All-Star Game sem sal”. O jogo, que já foi um dos eventos mais aguardados da temporada, perdeu seu brilho.
Os jogadores parecem desinteressados, sem a competitividade que já marcou duelos épicos. Nem LeBron, um dos maiores nomes da história, parece empolgado com o formato atual.
Eles têm que fazer algo. Obviamente, os últimos anos o All-Star Game não foi legal. É uma conversa muito maior. Não é só o All-Star Game, é nosso jogo em geral. Temos que ter uma conversa. São bolas de três para c** sendo arremessadas por jogo.
LeBron James
O astro dos Lakers reconhece que o “buraco é mais embaixo” e aqui estão outras razões que tem afastado o público do esporte da bola laranja.
- Chuva de três pontos: Times como o Boston Celtics, que lidera a liga com 51,1 arremessos de três por jogo, refletem uma tendência que muitos consideram excessiva. O espetáculo da diversidade de jogadas foi substituído por arremessos de longa distância, e isso cansa quem procura variação no estilo de jogo.
- Identidade perdida: A constante mudança de uniformes e times dificulta a conexão emocional dos torcedores. Para muitos fãs, fica difícil acompanhar tantas alterações e sentir que estão torcendo por algo consistente.
- Politização: Desde que a NBA abraçou pautas sociais, como o apoio ao movimento Black Lives Matter, parte do público conservador se afastou, o que impactou a audiência, especialmente em mercados mais tradicionais.
Enquanto isso, os “concorrentes” crescem
Adam Silver, o comissário da NBA, garante que o interesse na liga segue firme e forte. E ele tem pontos: arenas cheias e engajamento nas redes sociais estão aí para provar. Mas, quando o controle remoto fala, a conversa muda.
Ao mesmo tempo que a audiência da NBA cai vertiginosamente, a NFL alcança uma média de 17,3 milhões de espectadores por jogo, a sua maior desde 2015. A diferença é que cada partida da NFL é um evento, com apenas 17 jogos na temporada regular.
Além disso, esportes como UFC, futebol americano universitário e até a própria WNBA estão com indicadores positivos, enquanto o beisebol viu a World Series deste ano atingir os melhores números desde 2017.
Porém, o maior sinal de alerta vem da comparação do custo por espectador. O contrato atual da NBA resulta em um custo médio de US$ 12,12 por telespectador para os parceiros de mídia, 3x maior do que o valor pago pela NFL., o que pode vir a se tornar um problema para a liga no futuro.
A NBA ainda é uma gigante no cenário esportivo global, mas a queda na audiência acende um sinal amarelo. Agora, resta saber se Adam Silver e cia irão conseguir reconquistar a percepção de que cada jogo importa, cativando o público de volta à quadra.
Redação
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