
O título que relativizou o “impossível” no futebol mundial
BIG STORY
O título que relativizou o “impossível” no futebol mundial


Há exatos 9 anos, no dia 2 de maio de 2016, a palavra “impossível” ganhou outro significado no futebol. Naquele dia, com o empate do Tottenham por 2 a 2 com o Chelsea, o Leicester City se tornou campeão da Premier League.
No início da temporada 2015/16, as casas de apostas pagavam €5.000 para cada €1 apostado no título dos 🦊 Foxes — uma chance menor do que encontrar Elvis vivo ou Kim Kardashian presidente dos EUA (€2.000 para cada €1).
E não era exagero: seis anos antes, o clube estava na 3ª divisão inglesa e, um ano antes, era lanterna da Premier League, escapando do rebaixamento com uma arrancada heroica.
Com um dos elencos menos valiosos do campeonato, o Leicester havia investido R$ 247 milhões — o 17º maior investimento da temporada, a frente só dos times que conquistaram o acesso, enquanto gigantes como Chelsea e Manchester United, gastaram R$ 1 bilhão cada.
Depois de vencer os 2 primeiros jogos, o técnico Claudio Ranieri foi perguntado se o time pensava em classificação para torneios europeus — veja aqui. Ele riu, e respondeu:
"Obrigado, mas não é possível."
Naquele momento, Mahrez, Kanté, Schmeichel, Drinkwater e tantos outros, eram considerados apenas jogadores de “segunda prateleira”. Mas a cada rodada, com atuações consistentes e um futebol coletivo, o time e o mundo passaram a acreditar no conto de fadas.
A campanha de 23 vitórias, 12 empates e apenas 3 derrotas entrou para a história. Entre os feitos, quebrou tabus como:
- 1º campeão inédito da Premier League em 38 anos — campeonato de maior jejum à época;
- Único time, desde o Norwich em 1988, a sair da lanterna e liderar no ano seguinte;
- Quebrou a sequência de títulos de United, City, Arsenal e Chelsea, que já durava 20 anos.

Tão inesperado quanto o título, foi também a história de quem conduziu os Foxes com os gols mais importantes em 132 anos de história.
Jamie Vardy: o improvável dentro do improvável

Antes de ser profissional, Vardy trabalhava em uma fábrica de talas para membros fraturados e jogava na 8ª divisão pelo modesto e amador Stocksbridge Park Steels.
Em 2007, após uma briga para defender um amigo com deficiência auditiva, foi condenado à prisão domiciliar e obrigado a usar tornozeleira eletrônica — o que o fazia ser substituído durante os jogos para chegar em casa no horário determinado.
Contratado pelo Leicester em 2012, já com 25 anos, vivia entre episódios de indisciplina e treinos alcoolizado. Foi quase dispensado. Mas mudou os hábitos, subiu com o time em 2014, após marcar 16 gols e dar 10 assistências e, 2 anos depois, se tornaria o herói do título.
Na campanha histórica de 2015/16, marcou 24 gols e estabeleceu o recorde de 11 jogos seguidos balançando as redes — omais emblemático deles, o golaço contra o Liverpool.
Passou também a ser símbolo de fidelidade ao clube — ao contrário dos colegas que saíram após o título:
- Kanté: vendido ao Chelsea por €36M em 2016 (custou €9M);
- Drinkwater: também ao Chelsea por €38M em 2017 (custou €900 mil);
- Mahrez: foi para o City por €68M em 2018 (custou €500 mil);
- Chilwell: também para o Chelsea, por €50M em 2020 (chegou sem custos).

Agora, aos 38 anos, Vardy anunciou sua saída ao fim da temporada. Veja aqui. Foram 13 anos de história, 198 gols em 498 jogos e até participação na Copa do Mundo pela Inglaterra.
O Leicester voltará para a 2ª divisão, não terá o seu maior ídolo para ajudá-lo e tem vivido tempos muito diferentes de 2016. Contudo, todo dia 02 de maio, é sempre tempo de olhar para trás e relembrar que, no futebol, o impossível não existe. Pelo menos nos últimos 9 anos.

Redação
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