🧙 Hoje não é Halloween, mas é dia do Bruxo. No futebol, poucos nomes evocam tanta magia quanto Ronaldinho Gaúcho, que completa 45 anos hoje, com uma trajetória recheada de dribles desconcertantes, títulos, sorrisos largos e, claro, rolês aleatórios.

Sempre carregando o adjetivo de ter nascido em Porto Alegre, Ronaldo cresceu com a bola nos pés e o futebol no sangue, tendo seu maior ídolo (o irmão Roberto Assis) sempre ao seu lado.

O início de tudo foi nas categorias de base do Grêmio, time de coração do seu pai. No tricolor gaúcho, Ronaldinho conquistou o estadual de 1999 aos 18 anos, título que o credenciou para vestir a amarelinha da seleção.

No mesmo ano, o jogador foi convocado pela 1ª vez para a Seleção Brasileira e, logo na sua estreia, deixou o “cartão de visitas” com esse verdadeiro golaço contra a Venezuela.

Destacando-se com tão pouca idade, as propostas não demoraram para chegar. Mas Ronaldinho tratou logo de tranquilizar a diretoria gremista.

"Eu gosto tanto do Grêmio que jogaria até de graça."

De graça, contudo, foi sua saída do Brasil. Em 2001, assinou um pré-contrato com o Paris Saint-Germain, gerando revolta do time gaúcho, que chegou a recusar valores de R$ 75 milhões.

De malas prontas para encantar a Europa

Na França, mostrou talento de sobra, mas sem grandes títulos. O brilho veio mesmo na Copa de 2002, quando foi fundamental na conquista do Penta, principalmente com esse gol fenomenal contra a Inglaterra nas quartas.

Com a Copa no currículo e sem troféus no PSG, Ronaldinho decidiu deixar o clube. Em julho de 2003, o Barcelona anunciou a contratação daquele que mudaria a história do clube catalão para sempre.

O auge no Barça e a volta da magia blaugrana

Entre 2004 e 2006, Ronaldinho foi o grande responsável por devolver o prestígio ao Barcelona:

• 2 títulos de La Liga;
• 2 títulos de Supercopas da Espanha;
• 1 título de Champions League.

Um dos momentos mais marcantes de sua passagem pelo gigante clube espanhol ocorreu justamente contra o Real Madrid, quando foi aplaudido pela torcida rival em pleno Santiago Bernabéu — relembre aqui.

A decaída do brazuca no clube coincidiu com a ascensão de Lionel Messi, abrindo os caminhos para Ronaldinho se transferir para o Milan, time em que conquistou apenas um título da Série A italiana.

A ilusão gremista na volta ao Brasil

Em 2011, Ronaldinho teve a oportunidade, não apenas de retornar ao Brasil, mas também de se reconciliar com os torcedores do Grêmio.

Negociando a rescisão com o Milan, enquanto seu irmão e empresário mantinha gremistas, palmeirenses e flamenguistas com esperança de ter o craque, o R10 declarou:

"Por mim, já estaria com a camisa do Grêmio."

A diretoria chegou a preparar a festa de apresentação, mas com o “leilão”, acabou desistindo do jogador, deixando o caminho livre para o Flamengo fechar a contratação.

Mas o amor no Mengão durou pouco. Devido a divergências de pagamento, o R10 acertou a rescisão de contrato após 1 ano, deixando apenas um Campeonato Carioca na galeria de títulos.

Comendo pelas beiradas, como um bom mineiro, o Atlético-MG aproveitou que o craque estava livre no mercado para contratá-lo, mesmo com a desconfiança dos torcedores, que durou pouco tempo.

Com a camisa #49, Ronaldinho voltou a atuar em grande estilo, levando o Galo ao seu 1° título de Libertadores, em 2013.

Após a vitoriosa passagem por Minas Gerais, o meia ainda jogou pelo Querétaro 🇲🇽 e pelo Fluminense, mas o brilho no olhar pelo jogo já não era o mesmo. O brilho em campo, também não.

Hoje, fora dos holofotes — exceto quando aparece um rolê aleatório — ele se prepara para comemorar o aniversário como todo gaúcho gosta: com churrasco e chimarrão.