O anúncio que ninguém gostaria de receber chegou: Rafael Nadal, Rei do Saibro, está pendurando as raquetes aos 38 anos após uma longeva e vitoriosa carreira.

Com apenas 15 anos, o espanhol debutou no profissional em 2001 e, um ano depois, fez história como o atleta mais jovem a vencer uma partida no circuito.

• Seu estilo agressivo e físico logo chamou a atenção, especialmente no saibro, superfície na qual ele dominaria por completo.

Os grandes resultados não tardaram em chegar. Em 2005, Nadal conquistou seu 1º título de Roland Garros, batendo ninguém menos que Roger Federer nas semifinais e firmando-se como uma futura estrela do esporte.

A ascensão ao topo

Nadal construiu um legado no saibro. Suas jogadas na superfície, principalmente o forehand com topspin, ficaram mundialmente famosas e intransponíveis para os adversários. Não é à toa que ele se tornou praticamente imbatível em Paris.

Foram 14 títulos de Roland Garros, um recorde sem precedentes no tênis masculino.

Contudo, o espanhol não se limitou ao saibro e mostrou sua versatilidade ao vencer 2 títulos na grama de Wimbledon, um torneio que historicamente favorece grandes sacadores e jogadores com golpes mais chapados e que buscam mais a rede.

🏆Em 2008, sua épica vitória sobre Roger Federer na final é considerada por muitos como uma das maiores partidas do tênis de todos os tempos. Clica aqui e veja um trechinho dela.

Na quadra dura, “El Toro” entregou o mesmo nível de excelência com 4 títulos de US Open e 2 do Aberto da Austrália, totalizando impressionantes 22 títulos de Grand Slam, o 2° maior vencedor entre os homens da história — ****atrás apenas de Novak Djokovic (24).

Além disso, Nadal também brilhou em Jogos Olímpicos, conquistando duas medalhas de ouro: simples em Pequim (2008) e duplas no Rio de Janeiro (2016).

Com tantas conquistas, Nadal recebeu cerca de US$ 135 milhões apenas em premiações de torneios ao longo de 23 anos.

Rivalidade de peso: o Big 3

É impossível falar de Rafael Nadal sem mencionar seus grandes rivais: Roger Federer e Novak Djokovic.

Durante duas décadas, esses 3 dominaram o circuito, trocando vitórias e títulos. Contra Federer, Nadal tem um histórico de 24 vitórias e 16 derrotas. Contra Djokovic, a rivalidade foi ainda mais acirrada, com um placar de 30 a 29 a favor do sérvio.

Essa intensa competição elevou o tênis a um novo patamar. Não à toa, os três jogadores são, hoje, os maiores vencedores de Grand Slams de todos os tempos entre os homens.

Lesões: o maior adversário

Se Nadal teve adversários duríssimos nas quadras, seus maiores desafios ao longo da carreira vieram fora delas: as lesões.

Em 2005, ele fraturou o pé esquerdo, mas isso não o impediu de seguir sua ascensão. No entanto, com o decorrer dos anos, o corpo foi cobrando seu preço.

As lesões no joelho foram um problema constante, mas a mais recente, no psoas ilíaco, o afastou das quadras por boa parte de 2023 e acelerou a decisão de encerrar sua carreira.

Rafa sempre foi conhecido por sua garra e, mesmo nos momentos de dor, ele insistia em voltar às quadras.

A última dança 🎾

Sua despedida está marcada. Entre os dias 19 e 24 de novembro, Nadal vestirá a camisa da Espanha uma última vez pela Copa Davis, torneio por equipes que já conquistou 5x.

Muito além de um exímio jogador de tênis, Rafael Nadal é uma lenda viva. Conhecido desde sempre como “El Toro”, o espanhol foi sinônimo de resiliência e superação e dono de uma disciplina inigualável.

Referência para os mais velhos, inspiração para os mais jovens. As quadras nunca serão mais as mesmas sem você, Rafa.