Goste ou não de beisebol, você precisa conhecer Shohei Ohtani. O japonês de 30 anos tem mudado os rumos da principal liga de beisebol do mundo, a MLB, após de anunciar sua ida ao Los Angeles Dodgers no início da temporada.

Tudo começou já na negociação ao assinar um contrato de 10 anos e US$ 700 milhões, o maior de toda a história da Major League Baseball e aproximadamente US$ 200 milhões a mais do que os especialistas previram.

Num primeiro momento, a quantia parece ser extravagante, mas basta olhar para os efeitos que esse atleta japonês tem trazido para sua franquia — e para o beisebol — que tudo passa a fazer muito sentido.

Dentro de campo, Ohtani se tornou o 1º jogador da MLB a registrar 50 home runs e 50 roubos de base em uma única temporada, um feito que fez até mesmo astros de outros esportes como LeBron James irem à loucura.

A bola rebatida pelo jogador em seu 50° home run está próxima de ser leiloada por quase US$ 2 milhões.

Com uma habilidade fora do comum, é natural que o japonês atraia o público para os seus jogos. A prova disso ocorreu no último sábado durante a sua estreia nos playoffs.

👀 Seu 1º home run ultrapassou 1 milhão de visualizações no YouTube da MLB em menos de 24 horas, enquanto no X (antigo Twitter), o vídeo já tem mais de 5 milhões de reproduções. Veja o lance aqui.

Impacto bilionário

O “fenômeno Shohei Ohtani” não se restringe somente a televisão e aos Dodgers e chega ao mundo dos negócios. Os números não mentem.

• US$ 30 milhões em receita gerada para a franquia de LA com novos patrocinadores — o maior de qualquer equipe profissional dos esportes americanos;
• Pelo menos 200 japoneses reservaram ingressos dos Dodgers em Los Angeles para cada partida;
• 3,94 milhões de torcedores que compareceram ao Dodger Stadium na temporada regular — representando mais de 33% do número total da liga.

Seu sucesso é tão estrondoso que um estudo calculou um impacto econômico de US$ 594 milhões — pouco mais de R$ 3 bilhões — nos Estados Unidos e no Japão somente no último ano. E há quem diga que uma figura não pode mudar um segmento por completo.