No dia 5 de junho, Gianni Infantino, presidente da FIFA, anunciou o PIF (Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita) como parceiro comercial da atual Copa do Mundo de Clubes.

Diante da necessidade da FIFA em captar recursos, já que prometeu premiações maiores do que qualquer outro campeonato — garantindo assim o engajamento dos times europeus —, o acordo não se restringe ao aspecto financeiro.

Uma dose de contexto: O PIF é o fundo soberano saudita com a ambição declarada de “ser o investidor mais impactante do mundo”. Assim, tem investido bilhões em diversos setores, incluindo esportes.

• Em 2021, o fundo comprou o 🏴 Newcastle por £ 300 milhões (R$ 2,2 bilhões);
• Em 2023, adquiriu 75% de participação nos 4 principais clubes da Arábia Saudita, como o Al-Hilal, presente no Mundial, e levou Cristiano Ronaldo, Neymar, Benzema, para a Liga Saudita.

Falando em Mundial… Em dezembro de 2024, quando a FIFA estava com dificuldades para vender os direitos de transmissão, o DAZN adquiriu o torneio por US$ 1 bilhão, para transmitir de forma gratuita para todo o mundo.

• Dois meses depois, o PIF adquiriu 10% do DAZN — pela mesma quantia — com foco em expandir para Oriente Médio e África. Coincidência?

Como o governo saudita enfrenta muitas controvérsias, — com histórico de violações de direitos humanos e políticas autoritárias — os investimentos em competições se aproveitam de popularidade e apelo emocional, para dar uma cara mais simpática ao país.

A Arábia Saudita, que já foi escolhida como sede da Copa do Mundo de 2034, também investe em tênis, boxe e, em 2028, estreará um novo GP da Fórmula 1 em Qiddiya, com pista que terá uma elevação de um prédio de 20 andares.