Ah, o Natal… Família reunida, panetone na mesa... e basquete na TV. Por mais de 75 anos, a NBA fez do dia 25 de dezembro sua quadra exclusiva.

Desde 1947, um ano após sua fundação, a liga transforma o feriado em espetáculo, com jogos de alto nível que, ao longo das décadas, se tornaram sinônimo de tradição natalina.

No início, eram confrontos regionais, mas, a partir dos anos 90, o evento ganhou protagonismo: finalistas da última temporada e o time do MVP começaram a dominar os holofotes do Natal.

Contudo, o que sempre foi território exclusivo da NBA agora tem um novo player na parada. A NFL decidiu entrar de sola no dia 25 por conta dos números conquistados na temporada passada com uma média superior a 27 milhões de espectadores nos 3 jogos disputados.

• Enquanto isso, os jogos natalinos da NBA registraram 2,85 milhões de espectadores, o menor número na história da liga no feriado.

Com isso, a NFL fechou um acordo de US$ 150 milhões pela transmissão das duas partidas de hoje com a Netflix, streaming que tem mais assinantes nos Estados Unidos (85 milhões) do que a televisão a cabo americana (68 milhões).

A estratégia da liga é bem clara: aproveitar o alcance global da Netflix para transmitir seus jogos e fisgar o público, principalmente com atrações como Beyoncé e Mariah Carey com apresentações ao vivo e pré-gravadas.

Mas não pense que a NBA não está de braços cruzados. Neste ano, todas as suas partidas de Natal serão transmitidas pela ABC, ESPN e plataformas da Disney, incluindo um altcast temático com o Mickey Mouse.

O que está em jogo vai além do controle do feriado, mas o coração e a audiência dos fãs em uma era de múltiplas telas. A NFL quer transformar o Natal em um mini-Super Bowl, enquanto a NBA luta para manter o status de tradição natalina.