R$ 10,2 bilhões. Segundo dados do Relatório Convocados 2025, da Galapagos Capital, esse foi o faturamento total atingido pelos clubes da Série A em 2024 — o maior patamar da história, com crescimento de 10% em relação a 2023.

• Dentro dessa composição, estão as chamadas receitas recorrentes, que incluem direitos de transmissão, patrocínios e matchday (bilheterias e programas de sócio-torcedor). No entanto, o ritmo de crescimento dessas fontes foi bem mais modesto.

Na divisão das recorrentes, os direitos de TV seguem como a maior fatia, mas os patrocínios foram os que mais cresceram, impulsionados especialmente pelo “efeito das bets”.

No ranking de receitas totais, Flamengo, Palmeiras e Corinthians lideram, sendo os únicos a ultrapassar a marca de R$ 1 bilhão em faturamento no ano.

Para equilibrar as contas, a venda de atletas tem sido um respiro importante nas finanças dos clubes.

• Nesse quesito, Palmeiras, Fluminense, Corinthians e Athletico somaram, juntos, R$ 1,3 bilhão, o que representa mais da metade de toda a arrecadação com transferências em 2024.

Maaas… o dinheiro é investido em contratações, o que leva os clubes a gastarem cada vez mais com salários e, consequentemente, a aumentarem suas dívidas. De 2023 para 2024, o crescimento dos passivos foi de 15,7%, percentual superior ao aumento das receitas — e é aí que mora a preocupação.

• Em relação aos salários, apenas Palmeiras e RB Bragantino conseguiram reduzir os custos com pessoal. Já no que diz respeito às dívidas globais, 7 clubes aumentaram seus passivos em mais de R$ 200 milhões.

Corinthians e Atlético-MG são hoje os maiores devedores do futebol brasileiro, com mais de R$ 2 bilhões em valores totais a pagar.