Diego Hypólito e a arte da superação

QUARTA OLÍMPICA

Diego Hypólito e a arte da superação

Redação
Redação
8 maio 2024Última atualização: 8 maio 2024

(Imagem: COB | Reprodução)

Por trás de cada vitória, existem dias e dias de treinamentos incansáveis. Por trás das derrotas, existe a tristeza, a angústia e, em algumas vezes, até mesmo a depressão.

  • Elas estão presentes em cada instante da vida de um esportista, principalmente quando se trata de um atleta de alto rendimento.

No caso de Diego Hypólito, todas essas características fazem parte de sua trajetória de uma maneira extremamente intensa e peculiar.

O curioso é que talvez sejam justamente elas as responsáveis por um dos maiores nomes da ginástica artística brasileira.

Nascido em 1986 na cidade de Santo André (SP), Diego Hypólito começou logo aos sete anos na ginástica — por incentivo da sua irmã mais velha, Daniele.

Filho de um motorista de ônibus e uma costureira, Diego e sua irmã não tiveram uma infância de luxos e privilégios — muito pelo contrário.

Em sua biografia “Não Existe Vitória Sem Sacrifício” — clique aqui se quiser comprar — Diego relata momentos desafiadores na infância.

Sendo sincero, foram poucos os dias em que a gente, de fato, não teve o que comer, porque meu pai e minha mãe eram incansáveis. Mas foram dias que me marcaram muito, dos quais eu me lembro até hoje perfeitamente.

A instabilidade financeira era vivida em meio à drástica mudança de vida da família, que saiu de Santo André rumo ao Rio de Janeiro por conta de Daniele, que havia sido convidada pelo Flamengo para treinar nas dependências do clube.

Mas as adversidades não foram capazes de tirar o jovem da ginástica. O início de tudo foi em 2001, quando começou a participar de campeonatos juvenis.

No ano seguinte, já com 16 anos, Hypólito conquistou duas medalhas de ouro no Campeonato Brasileiro Sênior, além de ter participado do Campeonato Mundial de Londres.

O sucesso foi tão repentino que resultou no bicampeonato mundial em 2005 e 2007, feitos que colocaram o brasileiro como o grande favorito à medalha dourada nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.

Quedas y mais quedas

Mas nem sempre o favoritismo resulta em vitória. Diego estreou nos Jogos Olímpicos com uma dura derrota ao se desequilibrar e cair de bunda depois do seu último salto.

O que era pra ser o grande momento de sua carreira se transformou num pesadelo sem fim.

(Imagem: COB | Reprodução)

Quatro anos se passaram e o sonho da medalha olímpica ficou pelo caminho mais uma vez, em mais um erro.

  • Diego caiu de cara logo na fase classificatória — veja aqui — e não teve nota suficiente para participar da fase final.

Diego Hypólito precisou suportar as duras críticas vindas do público, além da amargar a dor de ser demitido do Flamengo, clube pelo qual treinou durante quase duas décadas.

Longe da família e dos amigos, o ginasta entrou em um quadro sério de depressão, a ponto de emagrecer 10kg devido aos remédios que tomava constantemente para dormir. Parecia o fim de um dos mais talentosos atletas do esporte brasileiro.

Vendo toda a situação delicada em que seu filho se encontrava, a mãe de Diego foi para São Paulo para ficar perto dele.

Se recuperando da depressão, Hypólito precisou treinar “de favor” no Pinheiros até ser contratado pelo ASA, de São Bernardo do Campo.

O renascimento de uma estrela

Com o apoio de seus companheiros, o ginasta voltou à seleção brasileira para o mundial da China, em 2014, mas como segundo reserva. Quis o destino que Pétrix Barbosa e Caio Souza não pudessem se apresentar, colocando Diego “de volta ao show”.

O resultado? Medalha de bronze e uma reviravolta na carreira praticamente definhada pelas falhas nos Jogos Olímpicos. Mas a superação viria em justamente em casa, dois anos depois.

Caiu de pé e com uma medalha no peito

(Imagem: COB | Reprodução)

Enfim, a glória! Em sua terceira tentativa nos Jogos Olímpicos, Diego Hypólito fez uma excelente apresentação — desta vez sem nenhum erro — e conquistou a tão almejada medalha de prata no solo. 🥈

  • A conquista foi ainda mais emocionante pela presença de seu compatriota Arthur Nory completando o pódio.

Diego se despediu da ginástica artística em 2019 com uma medalha olímpica, cinco medalhas de mundiais, oito medalhas de Pan-Americanos e três medalhas em sul-americanos.

Em meio a tantas conquistas, fica fácil dizer que superar a depressão, as críticas e até mesma a questão de sua sexualidade são a grande vitória que Hypólito tem para demonstrar ao mundo.

Redação

Redação

Emoji de dedo apontando para a telaseu feedback importa!

Queremos sempre melhorar a experiência a sua experiência. Se puder, dê uma forcinha para o time de redação e conte o que você achou da edição de hoje.

1/2 - O que achou do post?

  • Ruim
  • Ótimo
Waffle

waffle | criando marcas que você gosta de consumir

junte-se a mais de 2 milhões de pessoas e receba nossos conteúdos com base no que mais se adequar a você

reflexões e experiências que despertam o seu melhor. para uma mente forte e uma vida leve

inscreva-se
terça e quinta, às 05:15

seu novo guia favorito! dicas de restaurantes, bares, exposições, filmes, livros, arte, música e muito mais.

inscreva-se
toda quinta às 11:11

um one-on-one com uma curadoria de conteúdos sobre carreira

inscreva-se
toda segunda, às 18:18

para começar o seu dia bem e informado: mais inteligente em 5 minutos

inscreva-se
sempre às 06:06 manhã