Não há ninguém mais entusiasmado com a Copa do Mundo de Clubes do que Gianni Infantino, presidente da FIFA. Prova disso são suas declarações, como a de que o torneio marcará “uma nova era no futebol”, além de comparações com a primeira Copa do Mundo de seleções, em 1930.

• Infantino também destacou a globalização da competição, com a presença de jogadores de 81 países entre os 32 clubes participantes — incluindo 22 nações que nunca disputaram uma Copa do Mundo.

Com os recentes protestos contra a política anti-imigração em Los Angeles, o presidente afirmou que a segurança será prioridade e que deseja proporcionar um ambiente seguro para todos os torcedores irem ao estádio.

No entanto, o público não parece compartilhar do mesmo entusiasmo. A partida de abertura, entre o Inter Miami, de Lionel Messi, e o Al-Ahly, do Egito, será no Hard Rock Stadium, com capacidade para 65.326 pessoas. Até o momento, estima-se que menos de 20 mil ingressos foram vendidos.

• Nem mesmo a “ajudinha” da FIFA para garantir Messi no Mundial — relembre aqui — parece ter empolgado o público local.

Embora a FIFA negue qualquer problema com a bilheteria, não divulga os números oficiais. Desde dezembro, os preços dos ingressos vêm sendo reduzidos: o setor mais barato caiu de US$ 359 (cerca de R$ 1.945) para US$ 69 (aproximadamente R$ 385).

• A entidade também lançou uma parceria com uma faculdade local: na compra de um ingresso por US$ 20 (cerca de R$ 111), até 4 entradas extras seriam distribuídas gratuitamente.

Das primeiras 28 partidas, os maiores públicos esperados estão em 3 dos 4 jogos em Miami, onde só restam ingressos de US$ 1.000, tornando caro assistir a clubes como Inter Miami, Real Madrid ou Bayern de Munique. Nos demais jogos, ainda há bilhetes a partir de US$ 33,45.

Apesar disso, Infantino segue confiante, afirma que não está preocupado com a venda de ingressos e garante que o Hard Rock estará lotado. Será que os americanos vão deixar para a última hora? A bola já rola amanhã, e logo saberemos o desfecho dessa história.