O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, e seu irmão Wander Nunes Pinto Júnior foram indiciados por fraude, após a suspeita de que o jogador forçou um cartão amarelo contra o Santos, pelo Brasileirão 2023, para beneficiar apostadores.

Entre os envolvidos nas apostas estão, além de Wander, dois outros familiares e seis amigos dele. Todos foram indiciados por estelionato.

• A pena prevista para fraude é de 2 a 6 anos de prisão. Já para estelionato, a pena varia de 1 a 5 anos de reclusão.

As investigações começaram em agosto/2024, após 3 casas de apostas emitirem aletas sobre movimentações suspeitas na 31ª rodada do BR23.

BH tinha tomado 5 cartões em 22 jogos e estava pendurado contra o Peixe. Na partida, ele foi amarelado nos acréscimos do 2T após uma falta, quando o Flamengo perdia por 2x1. Depois, por reclamação, ele acabou sendo expulso — reveja aqui.

🐳 “Contra o Santos”. O relatório da PF mostra prints da conversa entre Bruno e Wander, realizadas 2 meses antes da partida, em que o jogador menciona que tomaria o cartão contra o time da Vila Belmiro.

Na véspera do jogo, é o próprio Bruno Henrique quem retoma o assunto com o irmão, mas a conversa segue por chamada de voz, sem novos registros por mensagem.

Desdobramentos do caso

O Flamengo afirmou que ainda não foi comunicado oficialmente sobre o caso, mas reforçou seu compromisso com o fair play desportivo, ao mesmo tempo em que defende a aplicação do princípio da presunção de inocência e do processo legal.

O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) também solicitou acesso ao relatório da PF e pode tomar medidas disciplinares contra Bruno Henrique.

• Em novembro de 2024, o tribunal havia arquivado a denúncia, alegando que os ganhos com as apostas eram insignificantes se comparados ao salário do jogador.

O relatório da Polícia Federal agora será encaminhado ao Ministério Público do Distrito Federal, que decidirá se oferecerá denúncia formal ou não.